segunda-feira, novembro 16, 2009

o fim

desde criança sempre tive sensibilidade além da lenda. poucos sabem disso. não me exponho pra não ouvir aquelas coisas que falam quando alguém fala sobre o que não se está preparado. essa sensibilidade vinha através de sonhos, logo ao chegar em locais ou me aproximar das pessoas. não me lembro de ter errado sobre essas sensações. há alguns anos tenho uma sensação forte de morte sobrevoando os ares. e o medo bate ao perceber que se pode perder pessoas que amamos. então meu medo da morte aumentou. aliás um pavor que beira ao ódio. não suporto pensar que nascemos pra morrer e pra ver os que amamos morrendo. nos últimos tempos só se fala em fim do mundo, apocalipse, profecia e "grande onda". e, confesso, que não tenho sentido muito coisa sobre o futuro das pessoas. muito menos o meu. não consigo me ver envelhecendo. não consigo me ver tendo filhos, a primeira idéia que me vem é: ter para quê se vamos morrer? há anos sonho com pessoas morrendo, ou de grandes desastres ou a morte antes do que se era esperado. elas morrem sempre na idede atual. vejo um grande céu negro no nosso futuro. e sinto um grande desespero também. nas conversas com amigos e familiares sempre surge o assunto do mundo estar perdido, do fim e eu não consigo ter esperança. não consigo ver soluções. só consigo ver o céu negro e sentir um sufoco esmagador. às vezes fico pensando se não me tornei medrosa demais para alguém que era tão corajosa. se não descobri meus medos quando descobri os obstáculos da vida e a infelicidade de ser adulta. mas algo surge na minha cabeça e me diz: relembre se você alguma vez errou! então raciono o motivo de estar tão sufocada com isso tudo e não poder comentar com os outros. porque ainda continuo acordando se o fim está tão próximo? será que isso tudo não é um caos e fanatismo geral? as pessoas não fantasiam demais? não é muito espetáculo televisivo, cinemtográfico, econômico, político, social e etc - mundial assustando a humanidade? aí vem outra voz: só um grande espetáculo da natureza para acabar com isso tudo. eu queria... eu realmente quero que estas sensações e sonhos que me perseguem há uns dois anos sejam grandes mentiras, porque eu não tô afim de morrer sem descobrir antes como me salvar. já sonhei com cidades planejadas para salvação, com alojamentos super secretos e protegidos debaixo das casas, com uma arca ideal, com espaçonaves levando pessoas para marte... espero que se o fim esteja próximo eu consiga sobreviver dentros de um desses artefatos.

sábado, outubro 10, 2009

lideranca e liberdade.

lideres. te-los ou nao te-los? se-los ou nao se-los? bons ou maus? naturais ou forcados, construidos, estudados? ouvir essa palavra, LIDER, faz lembrar dos orgulhos humanos que cegam o verdadeiro caminho de alguem que tem algo de bom a trazer para outros. faz lembrar das grandes farsas construidas na humanidade e dos consequentes erros desvairados acompanhados de momentos ruins. a palavra lider traz decorrencia certa das palavras liderados, seguidores, alienados. o lider se constroi atraves de tecnicas e estrategias elaboradas e friamente cumpridas para a conquista de uma grande massa ou para a efetivacao de uma grande feito, para que, por fim, seja lembrado e exaltado. a humanidade necessita constantemente de algo para seguir ou alcancar - crenca, ideologia, fe, metas, niveis etc. isso da consistencia a existencia do lider. a humanidade precisa de lideres para estimula-la em seus objetivos. objetivos que nem sempre sao os seus, mas que os sistemas da humanidade oferecem para que esta se sinta aceita por si. lideres nao so existem porque pessoas gostam de mandar em outras, regogizam-se em serem louvadas ou de simplesmente terem um bando de outras pessoas que acreditam - ou fazem que acreditam - em suas palavras, massageando seu ego. seria perfeito se cada um pudesse ser seu proprio lider. seguir o que acha certo, ir ate onde pode ir, ter somente aquilo o que deseja ter- sem extrapolar - crer naquilo que ele possa tirar do elo entre razao e sentimento. seria ideal se o homem pudesse seguir sua propria lideranca sem ultrapassar o campo limitrofe da lideranca do outro, sem domina-lo, sem manda-lo, sem querer conquista-lo. seriamos livres. seriamos felizes. estariamos com os outros por pura e propria decisao ou fluencia natural do bem estar. grandes homens aqueles que nao vieram ao planeta dizendo serem lideres. foram grandes homens seguindo a lideranca de seu proprio coracao, a essencia de suas almas. deixaram seus bons feitos no mundo, sendo nomeados de grandes lideres. boa parte da humanidade devia lembrar da questao de porque os seguem. nao por causa do que disseram ou do que fizeram. antes de tudo, por causa do exemplo dos homens que foram, homens justos e de coragem de seguir a sua propria lideranca - de coracao e de alma - libertando-se daquilo que o restantante da humanidade assumiu como certo ou como unico camimho a ser seguido. sendo eles mesmos quando todos seguiam as amarras que uns seres colocam em outros, escravizando-os. por isso sou contra a lideranca, sou contra ser responsavel por um bando, sou contra tratar os outros como incapazes ou subalternos. tratamos diaramente com outros seres humanos que possuem a mesma capacidade de aprendizado e acao modificadora do presente, como nos. seres humanos capazes de seguirem a sua propria lideranca respeitando as liderancas proprias dos demais. sim, acredito numa sociedade democratica, igualitaria. acredito na forca interior de cada um e que a realidade em que vive pode ser modificada de acordo com seu esforco, sua vontade. a palavra certa nao devia ser lideranca com os outros. a palavra certa, devia ser comunhao. o que deviamos dizer para os outros, nao sao palavras de ordens, nem sugestoes. deveriamos dizer - eu comungo contigo o poder de seguir nossos proprios coracoes, nossa essencia divina, sem amarras de egos dominadores e orgulhosos. o que eu posso te trazer, nao sao ordens, nem algo de outrem para voce seguir. mas o exemplo da liberdade.
Lela Moreira

quinta-feira, junho 18, 2009

sem inicio sem fim dando continuidade ao nao ponto a nao regra a nao virgula apenas sendo ou nao sendo neste universo

depois de renascer promessas foram feitas a mim por mim para mim algumas demoro a cumprir outras deixo um instante para lá me esqueci de mim ao sair do paraíso para lembrar dos compromissos que ainda me perseguem no inferno e que ainda os necessito coloco as promessas como metas e as olho com brilho nas janelas da alma sei que ainda estão lá e que eu as alcançarei me dói não poder segui-las agora mas elas são minhas só minhas...

bom saber que aqui e acolá alguém entra por aqui lê pensa introjeta escreve age sorrir ou chora pessoas que por algum motivo dessa vida louca deixei de ver temporariamente mas que retornam com seus teclados nos espaços virtuais em alguma fenda do tempo bom saber que não precisamos de regras para nos entendermos porque nossos seres fluem e uma simples lembrança é o bastante para termos certeza de que estamos juntos nesta jornada

quem tem o rei na barriga um dia acaba aprendendo a pedir esmolas

essa semana ainda não respirei nao tive tempo de respirar sei que nao tenho o direito de dizer isso a mim e principalmente aos meus queridos pulmoes nao meditei ativamente porque fiz cirurgia de miopia e nao posso me sacudir mas meditei passivamente em algum instante sei que o ritmo do nao tempo vai voltar ah vai... olhava pro teclado com vontade de escrever e de lembrar de mim novamente mas nao tinha coragem até decobrir que uma ex-aluna minha agora minha amiga e companheira de blogs e de jornada havia comentado (em seu blog) sobre o sumiço da minha antiga cadela e tudo veio à tona lembranças que me fizeram fazer o que estou fazendo agora escrevendo sem regras como aquela cadela vivia a sua vida e por mais que alguem tentasse colocar uma regra nas maluquices dela ela conseguia quebra-la arrastando um sorriso dos nossos labios vindo da nossa criança interior onde quer que ela esteja aquela cadela sabe que foi amada ou pouco se importava com isso aprendemos mais com ela do que ela conosco ela simplesmente era ops é para sempre CHARLOTE

o blog da amiga: http://ooutroladodarua.blogspot.com/

segunda-feira, junho 08, 2009

Estou aqui precisando de alguém. E após escutar tantos, e ajeitar tantos outros, ninguém me escuta. Será que vale a pena ajudar os outros? Esquecer de si? Não valeu pra minha mãe. Será que valerá pra mim? Doar-se não é ter o mesmo de volta. É difícil ficar sozinho quando se espera dos outros. Queria estar inteira. Feliz. Completa. Esqueci de mim mais uma vez. Esqueci das minhas necessidades e das minhas vontades. Queria que o tempo passasse. Que a semana acabasse. Para que eu voltasse ao ser o que era antes... Quando eu me tinha.

terça-feira, junho 02, 2009

Fênix retorna pra matrix

Como fênix, retornei para a vida de louco do sistema matrix. Decidi tomar a pílula vermelha. Conhecendo o outro lado tive que retornar. Com a pílula azul voltei ao mundo do qual nunca me senti fazer parte. E isso dói. Ter as ferramentas para guiar os passos talvez não seja o bastante para viver na matrix. Tem que querer viver a falsa realidade. Tem que gostar. Eu não só decidi tomar a pílula vermelha. Decidi permanecer no mundo da consciência. Não há como fazer de conta que está tudo bem em criar mundinhos de consumo, ser escravo dos seus próprios desejos infindáveis, e fazer de conta que não existe nada mais do que isso. Pra mim, é perda de tempo alimentar o sistema através do sofrimento, criar técnicas superficiais para a sua manutenção, para depois ser deletado e substituído por outra peça.

terça-feira, maio 05, 2009

Eu quero fazer nada

Ando por um redemoinho de mudanças. Mudanças que quero que me levem para o melhor de mim. Isso inclui leituras variadas de revistas banais até profundas meditações, respirações e mantras. Se me perguntarem por que não leio algo mais profundo. Digo: já li muita coisa profunda desde meus 10 anos de idade. Aos 31, guardo um monte de coisa na cachola mental que já eram para estar em prática há anos. Claro que não sei de tudo, mas enquanto eu não der um tempo no meu armazenamento, o aprofundamento e as novas coisas estão em stand by. O meu desejo mesmo é esvaziar. Não esvaziar no sentido de ficar burra novamente, mas o de experimentar o nada mental, pura flutuação e sensação de compartilhar o todo. Neste ínterim eu desejo voltar a consumir um monte de leitura profunda e interessante que eu ainda não li.
Voltando às leituras banais em uma dessas revistas banais, uma delas relacionou uma lista de sites interessantes. Um deles estava lá: o clube do nadismo www.clubedenadismo.com.br). Não é nudismo, apesar de eu ser apreciadora das vivências naturalistas, o momento agora é o do nadismo.
Passeando virtualmente pelo site do clube do nadismo me identifiquei completamente com a proposta. Não o fazer nada por ser vagabundo. Mas o nada do descanso, da paz, do tempo para si, das reflexões, da reciclagem interna e das novas decisões. O tempo que todos precisamos e deixamos de lado ao conhecer as tribulações da vida adulta.
Nesse momento todas as idéias antigas chacoalharam na minha cabeça. Veio a iluminação após tantos anos de incubação. Esse é um dos sinais que você tanto pediu para que o universo te mostrasse o caminho a seguir. O tempo que você queria para você mesma. O tempo do nada para você reavaliar sua vida. O tempo do nada para você voltar a escrever seus blogs. O tempo do nada para você se voltar para os seus antigos projetos. O tempo para dar o primeiro passo e realizar os seus desejos. O tempo do ócio criativo.
Então estou de volta. De volta da estagnação. De volta dos vícios. De volta do andar em círculos. Pronta para escalar montanhas e saltar de pára quedas. Pronta para viver o que a vida nos propõe de melhor. Pronta para desenraizar. Sim. Lelas Pops voltou para o blog. Emanuela voltou para a vida.
E toda esta prontidão para se dedicar ao nada que gera o tudo se iniciou com uma simples pergunta no site do nadismo, na página para se tornar sócio do clube: Quem é você? Tão simples pergunta e tão difícil de ser respondida. Lembrei-me do meu perfil do Orkut e de como me sentia atualmente: Uma pequena fala no universo. Um trecho de música do Karnak que conseguia resumir todo o meu sentimento com relação aos meus poderes humanos, e toda a sensação da minha contribuição para a humanidade. Ao mesmo tempo tão pequena no meio do universo e tão única como toda essência humana é.
E foi assim que eu respondi.
Uma pequena fala no universo que desistiu de transformar o mundo com ações, mas o tenta com o silêncio – a ação do silêncio. Alguém que adora fazer nada, relaxar, curtir a vida e as pessoas (amigos, famílias e desconhecidos), pensar e aproveitar o ócio de forma criativa. Posso dizer que uma das coisas que mais faço por mim é não fazer nada. Acabo dormindo de não fazer nada. A minha mente fica muito fértil de tantas idéias para tantas coisas depois de um tempo de não fazer nada.
O fazer nada já existia na minha vida quando criança, mas eu não conseguia ver sentido nele para um futuro cheio de ações que me aguardava. Até que abandonei a idéia de virar eremita, monge budista ou mochileira para viver a vida que todos vivem: a de tentar fazer tudo o que puder e preencher todos os espaços vazios de tempo. Foi nesse tempo de vida que fiz minha faculdade de propaganda e publicidade atraída pelo mundo da criação. E foi nela que encontrei sentido para o não fazer nada no processo criativo que estava tão presente na minha vida. Foi durante a jornada da faculdade que conheci a importância do ócio criativo e vi mil possibilidades para as coisas que eu queria fazer. Mas acabei seguindo o caminho do não ócio, assim como desisti de fugir para o mosteiro.
Nasci assim. Desde criança pensando sobre tudo que envolve a existência, sentido e vida. Nunca soube ao certo o que queria fazer quando crescer porque sempre quis experimentar de tudo. Sempre soube o que eu não queria fazer, e, por incrível que pareça, acabei fazendo muito do que não queria fazer, só para me testar ou tentar superar os meus pré-conceitos estabelecidos por uma visão reflexiva e crítica do mundo e das coisas. Por fim, acabo sempre confirmando que realmente não queria fazer aquilo...
Penso que estamos aqui para aproveitar a vida da melhor forma possível, realizando, observando, meditando e percebendo o que temos em volta e qual a sua real utilidade. Talvez estejamos aqui para testarmos as nossas possibilidades de criação, invenção e sobrevivência da forma mais equilibrada possível, mas acabamos por criar ninhos de destruição ao tentarmos superar a ultima invenção ou a mais nova modalidade de sobrevivência, o que nos leva a autodestruição.
A experiência de passar dois anos de correria intensa no trabalho para mostrar a mim e a minha família que eu poderia ter sucesso. Após dedicar quatro anos de estudo de graduação e trabalho seguidos de dois anos intensos de duas pós-graduações, foi o bastante para perceber que tudo que eu estava conduzindo poderia estar me levando para mais um dos pontos que eu não queria para a minha vida: o eterno stress e falta de tempo para as pessoas amadas. Como já sabia no que isso iria dar, a partir desse momento, resolvi fazer as coisas que gosto para me sentir bem e buscar ser feliz. Sempre achei que buscar a felicidade estaria diretamente ligado em trazer a felicidade para os outros, sendo altruísta, e muitas vezes deixando o que gosto de lado. Transformar a minha realidade e não a dos outros, passa a ser a minha meta a partir de agora. Comecei esse processo a poucos meses, desacelerando aos poucos, pois não tive grande apoio da família. O processo de desacelerar é um bom momento para me projetar para onde quero e para a família se acostumar com a idéia. Espero que essa realidade transformada seja exemplo para outras pessoas que não consigo atingir porque já estão bombardeadas de tantas informações persuasivas. Acima de tudo, espero que essa realidade transformada gere felicidade interna e ao redor envolvendo os próximos numa onda imensa de felicidade. Ser feliz é o bastante para contagiar o próximo de felicidade.
Por enquanto, ainda ensino na universidade, mas desisti de me dedicar ao crescimento nesta profissão para seguir os meus sonhos, literalmente, as idéias geradas durante o fazer nada acumulado dos 31 anos da minha vida. Isso acarretou numa grande quantidade de boca aberta em minha direção, e me gerou apelidos de maluca, doida varrida e desequilibrada, entre amigos e familiares. Mas isso não importa, porque estou muito feliz de seguir o que sempre quis seguir. Se alguém perguntar o porquê e não entender que estou em busca da felicidade, e que isso consiste em reservar um tempo para o nada. Eu digo que é normal o publicitário arranjar coisas novas e diferentes para fazer ou para implantar na sociedade, e que esse é o trabalho dele.

Nesse mundo de hoje, até para não fazer nada precisamos de um empurrãozinho. Se for o caso, faremos nada juntos.

sexta-feira, agosto 31, 2007

análise do discurso

análise do discurso quem se atreve a analisar meu discurso meu discurso são apenas palavras não ditas malditas mal ditas palavras palavras que não saem na hora certa só vem o vômito depois da festa das palavras lidas em outros lugares meu pensamento não é só meu é compartilhado numa rede irreal virtual do universo sideral o que eu escrevo são meras palavras copiosas de um outro alguém que lembrou um outro alguém naquele momento enquanto escrevia não que copiava copiar já faz parte da humanidade desde séculos atrás existia o copista aquele que escrevia bem as palavras de outra pessoa entre aspas ítalico para onde vai todas as palavras do universo de onde vem todos os pensamentos insanos verdadeiros complexos me deixe aqui no meu lugar a viajar pelo meu universo que também é o seu universo só que com outras palavras

lelaspops

http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno05-01.html

matrix

depois da academia pensa-se que temos a liberdade de expressão de pensamento de escrita tudo some da nossa idéia na cabeça ficam somente os títulos e as bibliografias quase nada conseguimos destrinchar o texto mas só aparecem as imagens distorcidas pelo cansaço lógicas impossibilitadas de transcorrerem ao concreto lamentar o tempo que se foi e o ócio perdido na mente não mora o vazio mas esperança e o sonho regogizam a possibilidade do amanhã

lelaspops

http://www.telacritica.org/Matrix.htm
http://pages.apis.com.br/terapiaenergetica/Arquivos%20Complementares/Matrix.htm